sexta-feira, 16 de maio de 2008

Fim-de-semana no PN do Lago de Sanabria

Aventura, natureza, vida selvagem e paisagens de perder a vista, foi o que encontraram cerca de 30 pessoas que se juntaram à Secção de Pedestrianismo da Associação dos Amigos do Rio Ovelha, num fim-de-semana memorável no Parque Natural do Lago de Sanabria.

A primeira paragem em terras de “nuestros hermanos” foi em Sotillo de Sanabria, local onde se iniciava o trilho proposto para o primeiro dia de actividade.

Ansiosos por colocar os “pés ao caminho”, depois de atravessarem a ponte sobre o rio Truchas, começavam a verdadeira ascensão até à Cascata de Sotillo, a principal atracção do percurso. Tinham pela frente, um total de aproximadamente, 6 km de um vasto arvoredo das mais variadas espécies, com predominância de carvalhos, azevinho e aveleiras.

A meio do trilho, a força das águas a fluir pela escarpa rochosa da Cascata, não deixa alternativa senão mesmo parar e contemplar aquele belíssimo cenário. Um lugar idílico para descansar, relaxar e descontrair. Contudo, a marcha não terminava ali. Era necessário continuar a caminhar até chegar novamente a Sotillo de Sanabria.

O sentido era agora descendente, e o chilrear dos pássaros e o tilintar dos chocalhos, compunham o panorama do vale que atravessavam.

Ao chegar a Sotillo de Sanabria, o destino que se seguia era San Martín de Castañeda, para visitar o Centro de Interpretação – Casa do Parque Natural do Lago de Sanabria e arredores, inserido no Mosteiro de San Martín. Aqui puderam apreciar uma exposição de arte, da igreja anexa ao Centro, maquetas de edifícios típicos da zona, e informação sobre a geomorfologia, o glaciarismo, a fauna e flora do Parque Natural.

Já ao anoitecer, o dia terminava no Parque de Campismo El Folgoso, localizado em Vigo de Sanabria.

No segundo dia de actividade o despertar foi madrugador. Antes de partir para a Laguna de los Peces, local onde se iniciava o segundo percurso do fim-de-semana, houve ainda tempo para apreciar o Lago bem de perto, através do acesso directo proporcionado pelo Parque de Campismo. Uma paisagem matinal singular e reconfortante para um bom despertar, onde o silêncio reinava sobre as águas do Lago.

Chegados à Laguna de los Peces, a cerca de 1707 metros de altitude, e depois de registada a fotografia de grupo, fizeram-se ao trilho. Esperava-os um desnível de 500 metros em sentido descendente até atingirem Vigo de Sanabria. A paisagem que os rodeava preenchia-se de cumes salpicados de branco e de um lindo vale que acolhia o Rio Forcadura.

No final, um merecido almoço num parque de merendas em Ribadelago Nuevo, com vista para o Lago, fechou o programa do fim-de-semana.

Antes do regresso a Marco de Canaveses, houve ainda oportunidade para uma breve visita ao centro histórico de Puebla de Sanabria. Um povoado que preserva as suas tradições, os seus costumes, os seus traços originais, as suas casas rústicas, as ruelas estreitas e decoradas de vasos e flores que brotam das janelas das moradias, que tão bem caracterizam este local e que fazem as delícias de quem lá passa.

No final, o feedback dos participantes foi positivo e foi lançado o repto de voltar, para conhecer os restantes trilhos proporcionados pelo Parque.

sábado, 10 de maio de 2008

Actividades já realizadas

Fevereiro - Trilho da Peneda - Serra da Peneda - PNPG

Durante a semana que antecedeu a caminhada organizada pela secção de pedestrianismo da Associação dos Amigos do Rio Ovelha, na serra da Peneda, no passado dia 24 de Fevereiro, todos os serviços noticiosos informavam que as previsões meteorológicas para o fim-de-semana não eram animadoras.

Atenta a estas previsões e um pouco apreensiva, a organização manteve o programa previsto, esperando que o cenário se invertesse até lá. Contudo, o dia acordava triste, cinzento e chuvoso.

Pelas sete e trinta da manhã, os primeiros participantes começavam a concentrar-se no ponto de encontro. Uns mais optimistas que outros, após alguns minutos de conversa e ponderação, quinze aventureiros fizeram-se à estrada.

Ao longo das duas horas de viagem, o mau tempo não abrandava e o nevoeiro começava a pairar. Chegados ao Santuário da Nossa Senhora da Peneda, o silêncio característico daquele lugar de culto e o bulício das águas a fluir serra abaixo desde Chã do Monte, envolvendo a Fraga da Meadinha e desembocando no Rio Peneda, era o cenário que os acolhia àquelas horas da manhã.

Depois de admirado o Santuário e a sua envolvente, e tomado o café da manhã num dos aconchegantes cafés que lá se encontravam, às onze em ponto iniciavam o percurso. Com uma ascensão considerável logo de início, o fôlego começava a acelerar e os primeiros disparos das objectivas começavam a fazer-se ouvir.

Para trás, ao fundo e já um pouco distante, avistava-se o Lugar de Peneda. A chuva miudinha continuava a cair, mas isso já era irrelevante, pois a paisagem que se formava a cada pedra da calçada percorrida, ganhava toda a atenção.

Ao longe, ouviam-se os chocalhos das vacas recolhidas na calma do seu pasto, e que instantes mais tarde iriam cruzar-se no caminho.

Após hora e meia de caminhada, faz-se uma paragem para o almoço. Rodeados por consideráveis elevações rochosas, retemperam-se as forças para mais tarde chegar ao lugar de Bouça dos Homens, que se avistava no horizonte.

A passagem por este povoado foi breve. Ansiavam por um lugar pitoresco, como um café ou uma tradicional tasca para beber algo quente, mas o local encontrava-se deserto e pouco tinha para ver.

Seguindo caminho, rapidamente já se encontravam a fazer a segunda ascensão da caminhada em direcção à Penameda, com o rio Pomba a correr à direita. Pelo meio, foram brindados com a presença de garranos que se encontravam bem perto, sossegados mas atentos à passagem deste grupo de forasteiros.

Um pouco mais à frente, avistava-se ao longe o lugar de Chã do Monte com o seu característico lago artificial, conhecido como o “Pântano”. A vista era deslumbrante e dava vontade de chegar mais perto para admirar melhor a sua beleza, o que aconteceu minutos depois. Aí chegados, o local merecia uma paragem mais atenta, não só para apreciar como também para descansar e registar algumas imagens.

Atravessando o lago para a outra margem, iniciava-se a descida que passado uma hora os iria levar ao ponto de partida.

Assim como na parte inicial do percurso, este declive também era acentuado. Contudo, o sentido era agora descendente e à medida que iam percorrendo a calçada em ziguezague, mais perto iam ficando do Lugar de Peneda e da sua Igreja.

Pelas quatro horas da tarde, chegavam ao fim da aventura. Cansados da descida íngreme mas deslumbrados com a paisagem, o dia só poderia acabar com um bem-disposto convívio gastronómico e com a vontade de voltar a este recanto natural.


Março - PR2 - Caminhos do Vale do Urtigosa - Arouca

Realizou-se no passado dia 30 de Março, mais uma caminhada da Secção de Pedestrianismo da Associação dos Amigos do Rio Ovelha. Desta vez, o local escolhido foi o Concelho de Arouca, mais precisamente as freguesias de Urrô e Rossas.

Uma vez mais, a chuva marcou presença nesta iniciativa. Contudo, não foi impeditiva para um grupo de 15 caminheiros, amantes da vida ao ar livre, que pelas dez da manhã já se encontravam na Igreja Matriz de Rossas rumo ao vale do Rio Urtigosa.

Durante a caminhada, foram vários os lugares por onde passaram. Torneiro, Póvoa, Souto Redondo e Lourosa de Matos, foram alguns deles.

O frondoso bosque coberto de carvalhos, loureiros e castanheiros, que acompanham os ribeiros de Escaiba e Souto Redondo até ao lugar de Póvoa e a maravilhosa paisagem que se avista deste local sobre Souto Redondo e o vale do rio Urtigosa, foram alguns dos pontos de interesse que marcaram esta caminhada.

Foram cerca de quatro horas de marcha, com uma paragem para o almoço na aldeia de Souto Redondo. Após o reforço, seguiram caminho para Lourosa de Matos, a aldeia que se seguia no itinerário, até atravessarem o rio Urtigosa para a outra margem. Poucos km depois e após passarem pelo lugar de Cavada, já se encontravam novamente no ponto de partida.

A caminhada decorreu conforme previsto, a um ritmo moderado e com baixa dificuldade, proporcionando aos participantes um passeio agradável por entre os caminhos rurais, tradicionais e de montanha que caracterizam este percurso.